12.10.10

Para: Eduardo Fischer Assunto: SWU


Acho que em julho comecei a ouvir falar sobre o SWU. De cara a ideia parecia piada, o nome e querer associar o festival ao Woodstock. Starts With You, Insiders, GreenSpace... tem hora que estrangeirismo demais enche o saco !

Algumas pessoas que conheço pessoalmente começaram a receber o título de #InsiderSWU, aos poucos as bandas eram anunciadas e empolgando os fãs, até que divulgaram os valores dos ingressos, a brincadeira ia ficar cara, mas show de uma única banda internacional no Brasil não sai por menos que R$ 200, então o valor pra 1 dia do SWU a gente "engole seco".

Entre os amigos já começavamos a definir o dia preferido do festival pra ir, CLARO que por causa das bandas. Ir todos os dias, impossível, mas pensavámos que seria interessante, uma experiência pra vida participar do Festival no todo, fóruns, acampar e etc. Mas aí, alguém sábio pisou no chão e disse: atestado de loucura querer acampar num evento que esta sendo organizado pela primeira vez.

O tempo foi passando e eu tentando economizar grana pra ir no SWU pelo menos um dia, pensei até que a sorte estava sorrindo pra mim, quando no dia 12 de agosto estive em sua agência participando de um processo seletivo para estágio, apresentei um case com mais 5 estudantes de comunicação social, me senti valorizada como profissional, e sem dúvida feliz de estar ali concorrendo a uma vaga numa grande agência. Mesmo sem ter sido contratada sua equipe (por exemplo Marina que por mais de 2 vezes tentou entrar em contato pra agendar a apresentação) foi atenciosa.

Porém faltou atenção em detalhes pequenos na hora de abrir as portas da Fazenda Maeda pro SWU, totalmente inaceitável pagar pra sofrer. Faltou investir em staff, criaram um monte de nome bacana em torno do festival e esqueceram de contratar gente com camiseta oficial do evento pra trabalhar lá para apoio e dar informação, faltou coisa básica como placa, sabe tipo mapa sinalizando como chegar ao estacionamento A e como chegar ao estacionamento B, e claro como sair de lá também, parece que faltou comunicação com a polícia local, olha, temi pela minha segurança quando estava entrando na estradinha de terra e um policial disse que as 21h não estaria mais ali, e talvez outros policiais iriam pra entrada da Maeda, porque a organização não havia comunicado eles, só foram pra lá por conta da bagunça que ficou na rodovia. Os relatos do caos da saída do evento do 1. dia bombavam na timeline do meu twitter, comecei a sofrer por antecipação e sabia que não ia curtir os shows totalmente sossegada, cheguei a pensar que meu carro não estaria inteiro. Faltou muita coisa simples, que o @SWUBrasil não está retuitando, mas muitas @'s estão #SWUBrasilFail. Faltou respeito com o consumidor que levou lanche porque óbvio que no evento seria caro e teve que jogar fora (!!!), que levou AGUA e também teve que jogar fora (e depois no intervalo dos shows, aparece um cara falando que daqui uns anos todos nós que estavamos ali, vamos fazer fila por causa de um copo de água). Ainda bem que não passei fome lá, porque ia ser humilhante ter que pagar R$ 12,00 por um sanduíche duvidoso. Por conta da desorganização de passar na vistoria 2 vezes na entrada, a fila era enorme, fui direto ao palco principal, achar um lugar com visibilidade e sem o barulho da tenda de música eletrônica atrapalhando.

Regina Spektor foi prejudicada pelo som, a Joss Stone fez o que pôde, e Calebe do KOL parecia insatisfeito, a impressão foi de estar cumprindo dever, tocaram bem mas longe do brilho e da única coisa surpreendente que aconteceu no dia 10 : Dave Mattews Band.




Vai ter outro SWU em 2011? Sou capaz de não ir, mesmo com o BONO no line up.

Se todos as reclamações e críticas que estão sendo feitas por parte do público e não apenas da imprensa, fosse ao menos discutidas já seria sinal de mudança.

Que o movimento em pról do meio ambiente cresça e a consciência de ser sustentável também, de mudar, não apenas tentar.




2 comentários:

Cristiano disse...

Belo ponto de vista este seu. Gostei.

Um festival que vende o conceito de sustentabilidade como mera propaganda é estranho demais para minha cabecinha antiquada.

Seja como for, teve show do Pixies e que querei ter visto.

Pri Alves disse...

Sabe Cristiano, escreveria muito mais...

não só festival, mas qualquer ação com o conceito eco verde é mera propaganda, dps que eu li a corporação do Joel Bakan, fica tudo bem claro e direto, porém acho válido.

mas pra quem gosta de música (pq ir até ITU) foi um prato cheio.