14.7.10

Caras Pintadas, who?

Durante uma entrevista de emprego dia desses, aplicaram uma prova com umas 6 perguntas relacionadas à atividade da empresa e função, e uma redação um tanto quanto curiosa naquele tema que você jamais faria por livre e expontânea vontade.

As exigências para a redação era usar 5 de 10 palavras, antes fosse em forma de narrativa, mas na forma de defesa em primeira pessoa do saudoso (not!) Fernando Collor. Confesso que o teor do
discurso não ficou lá com cara de defesa, (confesso também que tinha 9 anos quando ele foi eleito e fiz um desenho-cópia do rosto dele e coloquei num quadrinho com vidro e tudo na sala de casa, perguntem a mamãe) mas eu sabia o que tinha acontecido e como tal fato histórico marcou a vida de muita gente, então fiz o meu melhor.

Embora criança na época, passava boa parte do tempo no escritório em que minha mãe trabalhava e na recepção tinha muita revista Veja, e foi da capa de revista que fiz tal desenho-cópia, sempre lia as páginas amarela, depois pintava os espaços das letrinhas "a", "o", "d", "b", "q" ...

Voltando ao presente, estava lá fazendo a prova com mais 5 pessoas, até que uma cidadã brasileira rompe o silêncio : - "
a professora vive pedindo pra gente fazer redação com no minímo 15 linhas, mas nunca pediu desse jeito, inda mais desse cara (...) o que ele fez ? por que pediram o impeachment dele ? eu era criança nessa época, assistia pica-pau (...)" então, uma outra cidadã diz : "é vergonhoso não saber a história do próprio do país".

Saí da empresa e tinha um longo caminho de volta pra casa.
Tais comentários ficaram martelando na caixola, não consegui deixar de expressar tanto no twitter como aqui no blog os absurdos que escutei, como pode uma pessoa que cursou jornalismo falar tamanho absurdo. Porque desculpa geral é mestre em dar, agente arruma desculpa pra tudo. Por mais que exista quem diga que o movimento caras pintadas foi ato subversivo de emissora de tv ou de partido político oponente, a maior parte de quem tava lá na rua aos berros eram jovens brasileiros, tudo e todos que envolvem o nome "Collor" nunca na história desse país, foi um assunto tão explorado e tão difundido na mídia.


Então, coleguinha se você que tá lendo esse post não sabe bolhufas desse fanfarrão, da posse ao impeachment, do pós-impeachment, PC Farias, gaste um tempinho na wikipédia.

Espero e tenho fé que fui bem nos testes, na redação (que eu adoraria ficar com a cópia) e claro, ser uma das selecionadas pra vaga, porque é uma oportunidade ótima.

:)

2 comentários:

Cristiano disse...

Como ex. cara píntada - que vergonha, mas sai na rua aos 16 anos para participar daquelas passeatas - confesso que o movimento só serviu para matar aula e beber cerveja.

Pri Alves disse...

anyway, serviu pra alguma coisa. ficar bebado aos 16 com atual cenário da nação, é/foi pra poucos.